5 de dezembro de 2013

How far we go?


Confesso que não sou dado a redes sociais ou algo do género. Não tenho paciência para Facebooks, Twitters ou blogs porque a minha imaginação acaba por ser pouca e o tempo quase nenhum. No meu trabalho oiço histórias de alguns dos meus empregados a falar sobre o que viram no facebook: com quem falaram, as fotos que A ou B tem, despida ou vestida, enfim uma série de histórias que me deixaram com a curiosidade aguçada e que me despertaram o interesse em perceber o que de facto por lá se passa.


Apesar do aborrecimento inicial, algum tempo depois descobri alguns perfis de algumas pessoas que me rodeiam e percebi a curiosidade que desperta este mundo virtual. Percebi a quantidade de pessoas que se expõem facilmente. Torna-se impressionante a quantidade de mulheres (e miúdas) que se exibem à procura de Likes e coments nas suas fotos quase nuas. Fiquei impressionado, e de certa forma agradado,  por me sentir voyeur e poder apreciar gratuitamente a beleza dos corpos.

Mas o que me atraiu mais foi a blogoesfera. Mas também me intrigava. Lia vários blogs onde o sexo era o tema dominante. Foi aqui que percebi que a minha imaginação tinha de ser usada em prol de algo diferente. Decidi criar uma história, uma espécie de série que permitisse a quem lesse, seguir e fugir aos habituais padrões de séries televisivas.


Com o passar do tempo, as histórias começaram a ser mais elaboradas e as personagens a ganhar mais interesse e relevância. Não queria que ninguém do meu mundo real soubesse o que eu escrevia. Queria ser outra pessoa naquele espaço. Queria ganhar asas e voar com a minha imaginação e explorar todo o prazer que o sexo nos pode dar. Queria estimular as mentes e os pensamentos dos leitores e conseguir tocar-lhes na imaginação também para que ganhassem tesão.



Quando escrevia imaginava momentos de loucura e tesão com outras pessoas. Desconhecidas, principalmente. Imaginava-me num sítio fechado com várias personagens dos blogs que lia, e a ter momentos loucos de prazer. Adorava imaginar-me a lamber uma mulher ao ponto dela revirar os olhos de prazer e pedir-me para a sentir. Não o queria fazer logo. Queria que sofresse. De prazer. Gosto de as deixar loucas de tesão. Com choques no corpo.

A minha mente vagueia com estas imagens e com estes momentos de loucura que não passam da imaginação.


Outro momento louco que me passava na cabeça era o de ser ligeiramente agressivo na cama. Adorava mostrar a quem estava comigo que tenho o controlo. Adorava usar a força em prol dum momento de tesão único, em que os corpos transpiravam e explodiam de prazer. A mulher ficava-me subjugada aos meus desejos e sentia que era o seu macho. Naquele momento queria-me sentir um verdadeiro animal dominante do meu território. Amava imaginar o cenário animalesco entre duas pessoa: o dominador e a dominada. Apertar-lhe o corpo enquanto a beijava. Morder-lhe os lábios enquanto lhe enfiava os dedos suavemente. Adorava ser assim.




Mas, na realidade, adoro quando uma mulher me pega e me torna fraco. Adoro quando me explora e me sente duro. Quando percebe que nestes momentos fraquejo de prazer lambendo-me de forma suave e sedosa. A sua boca torna-se num lugar húmido revestido de veludo e que me acolhe carinhosamente. E com mais tesão fico quando me encaram nos olhos e sorriem de prazer. Quando me exploram, ao ponto de lhes mostrar todo o prazer que tenho dentro de mim. Adoro quando me pedem para lhes preencher a boca com o meu prazer. Adoro deixar uma mulher em êxtase, sabendo que o meu corpo lhes mostra isso. Sei que gostam do sabor do meu prazer e da minha pele. Sabe-lhes bem. Eu sinto. Quero ter uma mulher debaixo de mim, a sugar-me loucamente, ao ponto de tremer de prazer, e no fim, terminar com um brinde dos deuses.




E porque a minha imaginação não pára e os meus desejos também não, elevo o meu prazer a outros patamares e a outros níveis de satisfação. Anseio explorar o corpo duma mulher enquanto outra me explora ao mesmo tempo. Deve ser divinal provocar o prazer em cadeia, partilhando de uns para os outros. Quero mostrar que o poder da minha língua é tão viril como o do meu pau, e que em mulheres diferentes, o prazer é o mesmo. Mas diferente. Quero vir-me ao mesmo tempo que se vêm. Quero tremer aos mesmo tempo que tremem. Quero saborear o líquído das deusas ao mesmo tempo que saboreiam o meu. Partilhar o prazer que sinto, partilhando o prazer que quero que sintam. A vida é tão bela e deve ser vivida partilhando o melhor de nós com os outros. E se podemos juntar beleza, prazer, luxúria, tesão num só momento, porque não saber explorar da melhor forma?


E quero pegar noutra mulher e lambe-la. Lambe-la, lambe-la, lambe-la. Não sai dali sem se vir. Não a quero foder. Não quero que me sinta, sem primeiro ceder à minha língua. Quero saborear-lhe o líquido, como um vampiro saboreia a sua vítima. Tem de fraquejar de prazer. Uma, duas, três vezes. 

Estremecerá cada pedaço do seu corpo, e não haverá espaço a fingimentos. Comigo não. Apenas há espaço para o prazer, e esse, tenho de senti-lo na minha boca como se uma recompensa se tratasse. Tenho de a sentir a possuir-se a si mesma. De se morder como se o seu corpo dependesse duma droga.


É assim que as quero. É assim que exijo que me tratem. Que dêem cabo de mim. Não uma, mas duas! O meu corpo é grande e merece ser explorado como se fosse um campo. Cada uma tem uma função e deve 

desempenhá-la com empenho e dedicação. Quero tremer de prazer, de alegria, de tesão. Quero sentir-me um rei. O rei do sexo e que me querem dar o melhor. Dando-me aquilo a que tenho direito. Explorem-me a carne, cabras! Mostrem-me que sou o vosso cabrão que me querem dominar sem perdão. Que me querem rebentar todinho. Show me no mercy. Quero sentir dor na cabeça do meu pau. Ficará com um aspecto de cogumelo e estará pronto a ser servido. Sou o vosso banquete. Sirvam-se. Estou pronto!


Está na hora de acabarem com o meu "sofrimento". Estou pronto para vos mostrar o meu calor, de vos dar o meu prazer, de fazer ver-vos quer valeu a pena toda esta louca aventura. Não aguento mais. Quero-me controlar mas não consigo. Já vai a meio e não há forma de parar este comboio sem travões. Chegou ao seu destino. O meu corpo alivia e a minha mente apaga. Sinto-me de rastos mas com um sorriso prazeroso na cara. 

As minhas aventuras na blogoesfera são vividas com muita te(n)são, imaginação, mas acima de tudo prazer. Adoro saber que ninguém sabe que eu sou o Pedro, aquele que tem uma empresa de Publicidade. Adoro saber que me imaginam e que vibram com as minhas palavras. A mente é poderosa... e o corpo acompanha! E no fim ninguém saberá de quem estou a falar. 






8 comentários:

  1. Que texto intenso, hein? ;)

    Quanto ao teu último parágrafo identifico-me totalmente. Aliás, escrevi mais ou menos sobre isso no meu último post.
    Esta "faceta", digamos assim, permite-nos partilhar sentimentos, fantasias, o que quer que seja, e ainda assim, sentirmo-nos perfeitamente livres, porque, "lá fora", ninguém sabe que eu sou a Nikita (tirando o meu marido...) ou que tu és o Rousing.
    Para mim, isso é libertador.

    Beijo grande

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    1. Obrigado, Nikita pelo comentário. Aqui sinto-me livre para dizer o que quero e o que penso. No mundo real também o faço mas com um outro nome ;).
      Bisou e obrigado pela visita. AInda bem que gostaste.

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  2. mas que texto intenso Uaaaauuuuu , concordo plenamente ....o meu espaço é onde sou a Tattoo libertina , aonde ponho a minha imaginação e tudo vai passando e transformando-se em frases , todas como se as sentisse , e faço questão que os que me lêem se não sentirem na totalidade como eu sintam a melhor parte , tenho sempre imenso cuidado nas fotos que escolho para a representação , posso ser eu ou não .... fica na cabeça dos que lêem .

    Bj Completo Ro

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    1. Intensa és tu, Girl. Assim como os teus textos. :)
      É bom saber que gostaste deste texto e que sentiste a intensidade do mesmo. Sabe bem sermos libertinos, não sabe? A nossa imaginação ganha outro ânimo..
      Bisou grande, e espero por ti na próxima visita!

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  3. Infelizmente, nem toda a gente pensa como tu. Vêem este tema como algo do outro mundo. Eu gosto de vir aqui. Ler o que escreves e tentar imaginar. E as imagens, deixam as pessoas de cabeça à roda, digamos.

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    1. Ainda bem que gostas de vir aqui ao meu espaço, Diana. Apesar de nem todos pensarem como eu, eu gosto de me sentir parte do outro mundo. É bom sermos rebeldes, não é?
      Espero que as imagens te deixem à roda por um bom motivo ;)
      Bisou grande. Vejo-te no próximo texto?

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    1. Paulinha, desculpa só agora responder. Obrigado pelo teu comentário, mas divinal é as fotos do teu blog que me inspiram :)
      Bisou e vê o último texto

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