21 de março de 2014

Sweet Child Is Not Mine

Esta ausência da Sónia deixou-me triste porque estava a gostar imenso dela. Senti que seria desta vez que conseguia ter algo mais sério com alguém.

O tempo passou e e com ele apenas as memórias ficaram da Sónia. Encontrei-a no outro dia no Colombo a passear com o filho. Ela não me viu. Mas eu apreciei-a a cada passo que dava. Os meus olhos encheram-se de lágrimas por saber que ela não me procurou mais. Não cedi e fiquei no meu canto com o meu orgulho ferido. O meu coração palpitava intensamente e até a garganta ficara diminuída com tamanha emoção. Nunca saberei o verdadeiro motivo dela ter ido embora.

Durante este momento intenso, o Sérgio sentou-se à minha frente. Nem me apercebi.

- Então? Que cara essa meu? - meio sorridente, meio sério, o Sérgio era um rapaz baixo, cabelo castanho, com uma aparência pouco cuidada mas duma caridade enorme. 

- Fraquejei, meu! Aquela gaja deu cabo de mim.

- Qual gaja?

Com o olhar apontei em direcção à Sónia. Lá estava a cuidar do filho.

- Eishh... Estás a falar sério? Deus... Mas aquilo é uma bomba, meu! - Era notório a estupfecção do Sérgio ao apreciar a Sónia. Limitei-me a concordar com ele. Ela era uma bomba que acabou por me rebentar nas mãos e atingiu-me o coração. Conseguiu ser diferente de todas. E atingiu-me bem fundo.

Saí dali porque me incomodava vê-la. Não que o afastamento me causasse algum conforto, mas estacanva-me o sofrimento. Fomos até ao Terreiro do Paço, à esplanada. Estava calor nessa noite e ficamos a beber uns copos. 



Passados umas horas, e depois duma longa conversa com o Sérgio, apareceram umas conhecidas dele por mero acaso. Sentaram-se ao pé de nós e ficaram também a desfrutar daquela amena cavaqueira. 

- Apetece-me dançar. Já não estão cansados de estar aqui? - uma das amigas do Sérgio, levantou-se e começou a pensar em sítios para irmos dançar. Depois de algumas negociações entre todos, e dum consenso arrancado a ferros, lá fomos todos até ao Lust que era ali perto.

Não estava com a mínima vontade para estar numa discoteca. Apetecia-me descansar a cabeça. Mas por outro lado, há algum tempo que não me distraía. Alinhei naquela "excursão" nocturna.

Já dentro do Lust, e depois de estar há algum tempo a dançar,  reparo que uma miúda do grupo olhava na minha direcção. Só podia ser para mim que ela olhava pois eu estava num canto quieto a beber o meu gin. Fitei-a com um olhar cerrado, com a sobrecelha meio levantada, enquanto bebia. Ela não cedeu um milímetro se quer e manteve-se firme. Veio na minha direcção, dançando, enquanto eu, quieto, apreciava-a. 


Naquele momento tocava o "So many times - Gadjo" e aquela música pareceu ter sido escolhida de prepósito. Veio para ao pé de mim e entrelaçou-se em mim como uma serpente, dançado e roçando-se em mim, num gesto de sedução dum ritual de acasalamento. Aquele seu perfume ativou-me os sentidos todos. Aquela miúda era cheia de energia, determinada e segura de si. Intimidou-me até certo ponto. Pois para a idade que aparentava ter, era muito sabida. Ainda assim não cedi à tentação apesar de estar com uma tesão enorme e de querer senti-la naquele momento.

Subtilmente perguntei-lhe que idade tinha. 

- 19 .... Gostas? - Tremi quando ela disse a idade dela. Pensei que tinha 24. Aquilo não me estava a acontecer. Fodasse que loucura do caraças. Mas para quê que me meto nestas merdas??? 

- Sai daqui. Por favor! - pedi-lhe gentilmente que saísse dali. Não queria querer o risco de ser apanahado a fazer alguma coisa e depois ser acusado de algo. Quem me diz que tem 19 anos? Pode até ter menos. Mas era tão... Louca, aquela miúda.

Saí dali rapidamente e fui embora.




14 de fevereiro de 2014

The Night That Never Comes - Final


A Sónia tinha chegado a minha casa. Tinha acabado de sair do banho quando lhe abri a porta. Ainda estava com a toalha enrolada à cintura e com o cabelo molhado:

- Desculpa, estava no banho. Não estava à espera que aparecesses tão cedo. 

- Resolvi fazer-te uma surpresa. - fechou a porta, agarrou-me na cara e beijou-me loucamente, enconstando-me contra à porta. Subitamente, e porque estava apenas de toalha na cintura, senti u s calores pelo corpo e a tesão a invadir-me o pensamento. Ela não me deixou respirar e tirou-me a toalha naquele momento. Fiquei extremamente agradado com toda a sua vontade em me saborear.

Mal tive tempo para apreciá-la pois o seu desejo cegou-me. Reparei que trazia um casaco preto comprido e uns collants pretos. E o indespensável salto alto. 

Foi o que consegui apreciar enquanto ela estava de cócoras, entretida a entreter-me. Conseguia sentir o veludo da sua boca e dos seus lábios. O calor da sua boca fazia aumentar o meu desejo e consequentemente a minha tesão. Com ele bem duro, a Sónia massajava-o de tal forma que o prazer que sentia parecia não ter fim. E eu também desejava que não terminasse. A sua arte de tratar bem um homem era deveras divinal. 


Mesmo ali na porta, ouvindo os vizinhos do meu prédio a passar, ela deitou-me no chão e num ápice, molhando os seus lábios doces, pegou-me suavemente no membro e penetrou-se, enquanto revirava os olhos de prazer. Via o consolo nos seus olhos e o prazer na sua boca. Os dentes moridiscavam o lábio inferior da boca como se estivesse com ganas de prazer, de desejo, de vontade, de tesão. Em movimentos dancantes com a anca, movia-se numa tao suave e tao natural que limitei a apreciá-la. O meu pau estava duro e ela sentia-o. Sabia que aquele desejo todo era por ela e para ela. Enquanto me cravava as unhas no peito mostrando o quanto estava a gostar daquele momento, com a outra mão, e num acto de dominação, tapou-me a boca. Não me queria ouvir a gemer. Simplesmente aquele momento era o dela. Serviu-se de mim como se de um banquete tratasse. 

Arregalei os olhos pois nunca antes me fizeram aquilo mas rapidamente percebi que não deveria interromper o seu momento. Da boca dela apenas ouvia um gemido prolongado, estupidamente sensual e ofegante. Cada poro do seu corpo estava aberto. Cada poro suava e até essa imagem nela era indescritível. Presenciar esse momento era uma benção. 

Enquanto ela se consolava, no corredor do prédio ouvia risos dos meus vizinhos. Percebia que estavam perto da porta a tentar perceber o que se passava pois via por debaixo da ports os seus pés. O voyerismo das pessoas seduzia-me e dava-me ainda mais vontade de pô-la a gemer. O meu corpo ganhou vida e vontade própria e possui-a de tal forma animalesca que os gemidos tornaram-se intensos. Ela provocava em mim um misto de sentimentos e desejos únicos. Foder com aquela mulher tornava-se um ritual perigoso porque era deveras viciante o sexo com ela.

O meu corpo dava sinais de expulsar o prazer todo, e ela percebeu facilmente isso pelo contorcer e vibrar do corpo. A minha respiração ficou intensamente ofegante e num ápice vim-me. Sem me aperceber ela quis saborear cada pedaço de mim. 

Assim que acabámos, levantou-se e ajeitou-se ao espelho. Abriu a porta e foi-se embora sem abrir a boca. Espreitei-a pela janela e vi-a a entrar no carro. Fiquei estúpido a olhar para ela. 

Tinha tudo em cima da mesa para jantarmos. A noite que estava à espera que chegasse, terminou desta forma. Sozinho...

7 de fevereiro de 2014

The Night That Never Comes

Enquanto nos descobríamos mutuamente, e o nossos corpos mostravam o forte magnetismo que deles emanava, de repente alguém toca à campainha. Parámos naquele instante.

- Esperas alguém? - Perguntei-lhe preocupado pois estava em terreno desconhecido, e não queria confusão.

- Aaaah ... Não! - Confesso que esta resposta hesitante da sua parte deixou-me preocupado. Nisto insistem novamente. Ela franze a sobrancelha, e começa a vestir-se sem tirar os olhos da porta.


- Não vais ver quem é? - Já me estava a vestir e a preparar-me para sair. Mas não naquele momento porque estava alguém na rua que desconhecia.

- Sim, vou. - Ela parecia estar extremamente desconfiada e muito apreensiva com quem estava do outro lado da porta. Semicerrou os olhos como se tentasse ver para além da porta. Aquilo preocupou-me pois estava a ficar ansioso por não saber o que fazer.

Num passo vagaroso em direcção à porta, evitando fazer barulho para o exterior, conseguiu subtilmente perceber quem estava daquele lado. Do outro lado insistiam em tocar à campainha. Mal ela abre a porta:

- Tanto tempo para abrires a porta pah... - Era uma rapariga, com os seus 25 anos, loira e muito gira - Quem é este gajo mãe???

- Sou Pedro, tudo bem? - Estiquei-lhe a mão para a cumprimentar mas subitamente fui ignorado. Conti-me para não me exceder, porque a falta de civismo das pessoas deixa-me irado.

- Bé??!! Que falta de educação é essa? Foi isso que te ensinei? - Ela ficou passada com a atitude da filha para comigo. Não era para menos mas os seus olhos ficaram de tal forma arregalados que quase saltaram das suas órbitas.

- Falta de educação Sónia? Mas estás a gozar comigo mãe? Este gajo está aqui, todo despenteado, na minha casa e ainda mal se vestiu, e tu dizes-me que eu é que sou mal educada. Sinceramente... - a miúda passou-se e já me estava a por em "ponto de rebuçado". Afinal, ela era a Sónia...até ao momento não sabia o seu nome.

- Sónia, deixa estar eu saio. Depois falamos. - Vesti-me e saí em direcção ao carro. Ao fechar a porta, a Sónia deu-me o seu nº de telemóvel. Aquele momento deixara super desconfortável e algo embaraçada. Percebi que não contava com aquilo. Pedi-lhe para não se preocupar e despedi-me com um beijo sedoso, envolto de charme e sedução. Ela enterneceu naquele momento com o seu olhar.

A caminho de casa, lembrei-me que precisava de ir à empresa resolver uns assuntos. O trabalho estava a bom ritmo mas eu andava ausente do escritório. Quando lá cheguei, haviam vários processos pendentes e fiquei a saber que perdi um dos meus clientes mais antigos, a conta da McDonalds's. Este conta tinha sido ganha num concurso bastante disputado, e perceber que algo que nos deu tanto trabalho, se evaporou  num ápice, e ainda por cima não estive presente, poderia dalguma forma prejudicar o meu negócio. Naquele momento liguei para o Diretor de Marketing da McDonalds e pedi-lhe uma reunião pois queria que nos desse uma segunda oportunidade e estava disposto a tudo para não os perder. A muito custo, aceitou a minha proposta. 

Enquanto esperava para me reunir na McDonald's, percebi internamente o que se passara para isto ter ocorrido. Reuni todas as pessoas e pedi desculpa pela minha ausência mas não percebia como tínhamos perdido um cliente como o McDonald's. Porque é que ninguém se interessou pela empresa? Entre cabeças cabisbaixas, e olhares tímidos, pedi um esforço de todos para recuperarmos este cliente com todas as armas. E assim foi. Na reunião que tive com o Diretor Geral de Marketing deles, depois de algumas horas de conversação e de muita negociação, foi convencido pela nossa energia e entusiasmo. Tínhamos novamente recuperado aquele cliente que era a jóia da nossa coroa. No final da reunião, e num tom pouco ético, pediu-me um favor. Disse-me que estava longe da família e tinha saudades duma mulher. Eu fiquei a olhar para ele, com cara de quem não estava a perceber o que pretendia. Facilmente ele percebeu onde eu quis chegar e não insistiu muito na conversa. Mas não queria que ele interpretasse mal as minhas palavras, e muito menos queria perder novamente aquela conta. A promiscuidade à volta dos negócios é demasiada, e os interesses e troca de favores são uma constante neste meio. Perguntei-lhe se estava hospedado em Lisboa. 

- Estou no Holiday Inn e parto amanhã de manhã para Faro. Tenho de ir ter com umas delegações daquela região. Mas porquê? - Ficou intrigado com a minha pergunta e bastante curioso - Não me diga que me vai visitar? 

- Eu? Não! Apenas quis saber onde estava para perceber se estava bem instalado. Apenas isso. - Aquela presunção irritava-me. 

Depois de sair da reunião, fui novamente para o escritório e pus-me a pensar na Sónia. Só soube o seu nome porque a filha o disse. Tinha sido tamanha a loucura que cometemos,  que nem os nomes dissemos. Pensei que o meu desejo por ela aumentou ainda mais e que tinha de satisfazer esta tentação. Queria dar liberdade ao meu corpo para responder ao seu desejo. Ela era fogo e isso era facilmente perceptível no seu olhar:

-Olá. Como estás?

- Oláaa.. Bem e tu?

- Também estou bem. Com muita  vontade de estar contigo - Tive necessidade de lhe confessar que a desejava. Fora mais forte que eu.

- A sério? Eu também tenho vontade de estar contigo...muita! - Sussurrou suavemente como se estivesse ao meu lado. Era tão doce aquela voz. Tudo nela parecia fazer sentido.

Depois de algum tempo a falar com ela ao telemóvel. combinámos um jantar na minha casa para essa mesma noite. Ao chegar a casa preparei tudo com o maior do encantos possíveis para que se sentisse uma rainha. Era assim que queria que ela se sentisse. Era assim que a via. Uma rainha que sabe o que quer e para onde vai. Depois de tudo pronto e preparado, com o maior dos cuidados e pormenores, ela chegara deslumbrante. Estava elegantemente fatal. Cumprimentou-me com um beijo suave nos lábios. Com ela, o tempo parava. Sentia que o mundo andava em slow motion  quando estava comigo. Ela arrebatava-me o coração.

Assim que entrou na minha casa fiquei a apreciá-la de alto a baixo. Que deusa de mulher. 

Esta noite vai prometer e não vou perdoar...





The Night That Never Comes - part IV

Quando acordei apercebi-me que tinha as mãos amarradas com um lenço de cetim. Ao fundo da cama estava a Sónia, olhando-me com um ar tremendamente fatal. Deixei-me levar e tentei perceber até onde iríamos naquele jogo. 


Na sua mão direita, a Sónia tinha uma garrafa de vodka. Bebia largos golos e reparei que estava alcoolizada. Os seus olhos estavam vidrados assim como o olhar estava semicerrado. Assustei-me com aquilo pois não tinha esta imagem de si:

- Então giraço... Estás com medo de alguma coisa? Hã?! - Totalmente embriagada, a Sónia falou comigo como se fosse um outro homem qualquer. A língua enrolava enquanto falava e o corpo deambulava pelo quarto. 

- Sónia, podes tirar-me isto das mãos por favor? - pedi-lhe calmamente para me desatar as mãos. Procurei não entrar em stress. Detesto conviver com pessoas bêbedas. Mas a Sónia parecia-me refugiar-se no álcool. O que a terá levado a chegar a este ponto?

- Cala-te!!! Mas quem pensas que és para me dares ordens? Chega... - Ordens? Eu pedi-lhe calmamente por favor para me libertar. Há qualquer coisa nela que a faz pensar que estou a ordenar.

- Sónia, eu não te estou a ordenar. Estou a pedir-te um favor. - Mantive a calma para não discutir com ela pois percebi que iria piorar a situação.

Depois de conversar com ela calmamente, consegui com que me desapertasse o laço que prendia as minhas mãos. Sentou-se ao meu lado a chorar compulsivamente pedindo-me desculpas e que queria ir para casa. Antes de levá-la a casa, ainda falamos um bocado sobre o que se passara.

Confessou-me que se refugiava na bebida todas as semanas e que sofria deste problema desde que se separou há dois anos. Explicou-me que viveu momentos terríveis com o pai da sua filha. Sofreu violência gratuita devido a álcool que o ex marido consumia. Chegou a estar dois dias em coma no hospital depois de ele lhe ter espancado porque ela lhe escondera a bebida. Disse-me que foi o pior erro que fizera a seguir a ter casado com ele. Foi aí que percebeu que não estava a gostar de si o suficiente e que tinha de dar a volta ao problema que ela ajudou a criar.

Fiquei pasmado a ouvi-la sem saber o que dizer. Jamais me passaria pela cabeça que uma mulher como a Sónia tivesses sofrido tanto na vida. Abracei-a e dei-lhe um beijo apaixonado. Aquele desabafo tocara-me profundamente.

Levei-a à casa,  e antes de sair do carro trocámos os nºs de telefone. Pedira-me desculpas novamente e sentia-se envergonhada pelo que se acabar de passar. Pedi-lhe para ignorar isso e esquecer. 


- Sei que não me vais ligar mais... - num tom de voz triste, desabafou. - Não tens que aturar estes filmes duma lunática como ...

- Shiuu - pus-lhe o dedo na sua boca, interrompendo as baboseiras que saiam da sua boca - Sobe e vais descansar está bem? Amanhã falamos. Não digas tontices. - procurei acalmá-la. No fim de contas sentia uma vontade enorme de ajudá-la. Estava completamente perdida e sozinha no mundo.  Apenas o álcool a acompanhava no dia a dia. 

Esse, ela sabia que nunca lhe iria falhar. 

No dia seguinte, de manhã, bem cedo, recebi uma mensagem:

Espero que tenhas dormido bem.  Hoje dói-me a cabeça mas já é normal. Desculpas-me? Gosto de ti..

Confesso que apesar dela ter este problema, senti uma vontade enorme de ajudá-la a ultrapassa-lo. A minha admiração por ela era maior. Há muito tempo que nenhuma mulher me colocava neste estado de espírito. Com ela sentia-me bem, sentia-me realizado. Sentia-me apaixonado. 

Não dormi bem porque não estavas aqui comigo. Desculpa se te dói a cabeça mas passei a noite toda a tentar entrar nela :). Só te desculpo se almoçarmos hoje? Beijo grande - quis que ela percebesse que estava à vontade comigo. No fundo eu sentia que era ela quem eu queria.

TumblrEncontramos-nos no Vela Latina. O sol brilhava no seu esplendor e passamos momentos divertidos durante o almoço. Rimo-nos bastante, e dei por mim, várias vezes, a apreciar o seu olhar e sentia a felicidade dentro de si. Acabamos de almoçar, e como sempre, o Vela Latina surpreende-nos com o seu encanto e educação. Gosto de cá vir. Sinto-me em casa. 

Terminámos de comer e passeámos um pouco por Lisboa.  

Passámos uma tarde lindíssima onde confessamos as nossas loucuras e pecados. Onde desabafamos medos e receios. Onde expusemos as nossas fraquezas e virtudes. Estava bastante encantado com ela e percebia que era recíproco. Combinámos nos encontrar na minha casa mais logo à noite. 








29 de janeiro de 2014

10000 Thoughts

Obrigado por acompanharem o projeto e pelo feedback que têm dado. Tem sido importante a vossa ajuda.


Espero que continuem a gostar, pois eu continuo sempre....a gostar de vos dar prazer!


Bisous                     







                                

The Night That Never Comes - part III

 
Suavemente sentia cada centímetro do seu doce quente fruto proibido. Parecia veludo humidamente aquecido.  A cada vaivém, em cada viagem, sentia-me dominado por uma tesão incontrolável. A Sónia era mistura de sentimentos e sensações. Era uma mulher deveras sensual. Uma mulher incontrolavelmente bela. E uma autêntica bomba sexual. O seu ritmo alucinante em cima de mim, provocava-me tornado o sexo numa espécie de competição, onde os nossos dois corpos, procuravam saciar-se, retardando o clímax o máximo possível.

Ela, apesar de ser mais velha, tinha um dom estupidamente viciante: o dom de foder. Devorava-me por completo e eu sentia que tinha de a acompanhar naquela maratona sexual. De costas, de lado, por cima, por baixo, por cima, de pé, sentado, no cu, na boca, a Sónia apoderou-se de mim usando-me como se fosse o seu brinquedo sexual. A certa altura senti algum receio que não acabasse aquele momento pois ela não se saciava de forma alguma. Tive de parar por momentos porque o meu corpo não estava habituado aquele ritmo.


Quem diria que aquela mulher, na cama, se tornaria numa insaciável bomba sexual? E mesmo antes de me envolver com ela, percebi que ela seria alguém sexualmente ativo. Só quem está desatento é que não percebo o quão fácil é olhar para uma pessoa e traçar-lhe um perfil sexual mesmo sem a conhecer. E a Sónia era uma dessas pessoas. Talvez pela maneira como olhava para alguém de forma tão intensa, percebi isso assim que troquei o primeiro olhar com ela. Lia-se perfeitamente. Mas, sinceramente, não esperei ser desta forma.

Estava durido de tanto foder. Sentia-me a secar. Tudo o que tinha tinha-lhe sido dado livremente. Tremia como varas verdes de cansaço. Seria assim todos os dias com ela? Seria por isso que, aparentemente, estava sozinha? Para além de todo o encanto que sentia por ela, depois deste momento, a vontade de conhecê-la melhor intensificou-se. 

 Pura e simplesmente ela sugou-me a alma. Entreguei-me ao seu prazer como antes nunca o fizera.

O cheiro dos corpos estava presente em todo o lado. Quando estava no banho a relaxar depois de duas horas intensas de sexo onde não demos conta do tempo passar, sou surpreendido por ela no banho comigo. Sussurrou-me que queria que lhe comesse ali pois adorava sentir a água durante o sexo:

- Eleva-me o espírito e renova-me - confessou-me, enquanto me acariciava. 


Já duro novamente, e prontos explodir de prazer novamente, penetrei-lhe violentamente e percebi que quanto mais bruto era, mais ela gostava. Percebia pela maneira como mordiscava o canto lábio inferio. Os olhos reviravam como se estivesse a ser possuída. Enquanto a água percorria os nossos corpos, e a casa de banho ficava embaciada com o vapor da água quente, sentia que o calor estava a dilatar os nossos corpos. Apenas gemíamos loucamente. Não proferirmos uma palavra de carinho. Apenas fomos dois animais naquele ambiente quente e seco. Dois animais brutos, apenas com um objetivo: foder loucamente e ceder aos desejos da carne. Objetivo cumprido uma vez mais.


Depois de nos secarmos, fui até à cozinha novamente para reabastecer o meu corpo que tremia de fraqueza. Doía-me o corpo de tanto foder. Não estava cansado. Estava fraco. De volta ao quarto vejo que ela está vestida apenas com uma camisa minha de flanela e de cuecas. Adorava ver as mulheres assim. O corpo da Sónia era uma autêntica obra de arte de fazer inveja a muitas miúdas novas. Deliciei-me a observá-la como um apreciador de arte. Queria te-la para mim. Deitei-me a seu lado, e ela rapidamente deitou a sua cabeça no meu peito. Penteava-lhe o cabelo com os dedos enquanto ela, visivelmente cansada, relaxava a ouvir a música de fundo. 

- Admiro-te, sabias? - confessei-lhe.

- Porquê?

- Levei imenso tempo a encontrar alguém como tu. Sinto um carinho especial por ti apesar de mal te conhecer. Mas não quero saber. O que conheço e imagino de ti, faz-me sentir bem. - sorri-lhe com os olhos e com os lábios. Tinha acabado de ser sincero com ela. A verdade é que não a conheço e sinto-me endeusado por ela.

- Oh tão querido que és - abraçou-me duma forma tão amorosa como se sentisse a necessidade de ouvir aquilo.  - há qualquer coisa em ti que me cativa também - expressou-se com um sorriso.

Acabamos por dormitar por uns momentos. Quando acordei, fora totalmente surpreendido pela Sónia...

26 de janeiro de 2014

The Night That Never Comes - Part II







O jantar correu como esperava. Com muita sedução à mistura, algum humor e com muita tensão sexual entre ambos. A cada garfada que dava, apercebia-me que a Sónia me olhava nos olhos como se quisesses estar no lugar da comida. Provocava-a ainda mais, e subtilmente envolvia a comida com a minha língua como se lhe estivesse a lamber no seu fruto proibido. Percebia que se inquietava naquele momento. 

Admirava-a pela postura e pela beleza que tinha. Apesar dos seus 45 anos e da sua vivência, a Sónia era uma mulher muito cativante por diversos motivos: o sua juventude, o seu corpo, a postura extremamente educada, o carinho com que me tratava, a sua cultura. Era aquele tipo de mulher que facilmente nos arrebata o coração. O meu já estava arrebatado.

Pedi-lhe que fosse ao frigorífico e que trouxesse a sobremesa, uma vez que já tínhamos terminado de jantar. Mas antes que ela lá conseguisse chegar, fui atrás dela e arrebatei-a. Puxei-a para mim como se me pertencesse. Como se ela fosse a minha mulher. Surpreendida, deixou-se levar pelo momento, e já na cozinha, apenas de coberta por uma manga cava e pela sua cueca cor de rosa, o sangue fervilhava-lhe e a respiração tornava-se ofegante. Os seus mamilos estavam enrijecidos e tesos de tanta vontade de foder.


Fiquei louco de desejo. Tremia de tanta vontade que tinha de penetrar-lhe. Ardia por dentro e apenas ela me podia acalmar o desejo louco que tinha. Ela queria o mesmo que eu. O seu corpo transpirava tensão, desejo, paixão. A sua doce pele cheirava a morango do creme que pusera no corpo. Tornava-a ainda mais apetecível à minha boca e ao meu desejo. O seu perfume, suave mas intenso, colava-se ao meu peito e preenchia-me as minhas mãos. As ganas de tesão eram tantas que fomos para o chão. O meu pau, já duro de tanto desejo acumulado, desejava-a incessantemente. Tornava-se impossível controlar tamanho desejo. Os seus peitos visivelmente tesos, e apesar de já terem dado alimento, eram estupidamente bonitos. Enquanto estava atrás de si, rasguei-lhe com raiva a manga cava que trazia. Percebia nela que desejava sentir-se desejada novamente. Precisava de ser arrebatada como noutros tempos. Despertei nela um lado adormecido que há muito já não sentia. Percebi-me que possivelmente estava sozinha na vida. Ou talvez não. Simplesmente poderia não sentir-se realizada o suficiente com a pessoa que dormia ao seu lado. 


Enquanto lhe beijava o pescoço e acariciava os peitos, uma das minhas mãos deslizava para o seu fruto proibido, à procura da semente que lhe dá o prazer da vida. E foi nesse momento que ele me gemeu ao ouvido como se fosse a primeira vez que sentisse prazer. A Sónia, uma mulher linda, de um calibre único, segura de si mesma, confiante na sua beleza e inteligência, cedeu perante o meu avanço. Simplesmente deixou-se conquistar. E tal como numa guerra, procurei explorar todas as fraquezas: o pescoço, as orelhas, as costas, os dedos, os mamilos. Peguei num cubo de gelo e derreti-o no seu corpo escaldante. Derreteu facilmente. 

Rapidamente fiquei sem calças e ela, sabendo do meu desejo, pegou carinhosamente no meu ceptro cheio de poder, e abriu o caminho a uma jornada sem fim. Como era quente a Sónia....
















8 de janeiro de 2014

Heartbeat - Part III

Como a sua moradia estava inserida num condomínio privado, onde as traseiras eram viradas a Sul, existia um pátio comum por onde se passava para aceder às casas. Era necessário passar por uma porta. Porta essa, onde me encontrava, ansioso, e onde ouvia o barulho dos seu saltos altos a bater no chão. Fingi que ia a sair. Ao ver-me, por momentos ficou surpresa pois não sabia que a porta abrir-se-ia repentinamente, e olhou-me nos olhos de uma forma penetrantemente sedutora. Fiquei perplexo: o seu olhar, o seu cheiro, o seu corpo, a sua temível ousadia. Era mesmo aquela mulher que procurava! Como me sentia tão frágil perante si. Desejo-a de tesão. Uma tesão que extrapola o físico. É inexplicável e faz-me querer descobrir nela o que a torna tão única.
O seu olhar dava a entender que me queria convidar para algo. Mas teria eu lido bem a sua mensagem? Seria esse o seu desejo ou tratava-se apenas da minha mente fetichista a elaborar filmes eroticamente sexuais?

- Olá - disse-lhe timidamente tentando captar a sua atenção,  depois ter passado por mim. Como eu adorava vê-la de costas...

- O que é quer? - Virando-se para trás, e num jeito ameaçador, confrontou-me. O seu olhar tornou-se ainda mais penetrante e a expressão do seu corpo demonstrava aquilo que suspeitava: ela gosta de sentir que domina.

Sem lhe demonstrar que fiquei surpreso, porque não esperava tal reacção, limitei-me apenas a esboçar um sorriso e a responder-lhe duma forma a que a sua reacção fosse nula.
Aquele momento fora tão intenso que o meu coração batia fortemente. Dera-me mais vontade de a sentir. Excitou-me imenso que ela me tenha enfrentado. Demonstra uma personalidade forte, uma atitude dominante, de quem sabe o que quer. Percebia-se perfeitamente no seu olhar profundo que era uma mulher dominadora. E isso era deveras excitante para mim pois tirava-me da zona de conforto, o que tornava este jogo de sedução ainda mais desafiante.


- O que é quero? Obviamente que és tu! Há dúvidas? - Descontraidamente fui directo ao assunto. Não era o meu género de sedução mas perante aquela sua atitude, a forma que encontrei de não perder o controlo, foi enfrentá-la sem receios. E ao que parece resultou pois aquele seu ar frio, sem qualquer pingo de ternura, transformou-se numa mulher tímida, sem jeito e aparentemente pouco habituada a aliciamentos masculinos. Talvez por isso, aparentemente, se tenha tornado numa mulher fria, distante. Percebera naquele momento que se tratava da sua autodefesa. E naquele instante, eu já dominava aquele jogo sem ela se aperceber. Não seria pêra doce manter-me na mó de cima por muito tempo, mas tinha de a convencer a interessar-se por mim.

O meu olhar fugia constantemente para o seu decote entreaberto. Fiquei enfeitiçado com o seu Armani Code. Fazia dela uma femme fatale e tornava-a ainda mais sedutora. Mais misteriosa. Mais única. Este perfume ficou-me na memória para sempre. Dizem que a nossa memória olfactiva dura anos e que conseguimos guardar no cérebro vários cheiros. Este é um deles.


- Sou eu quem tu queres? Achas que é assim? Safado... mas és giro, é o que te vale! - Num tom meio sério, meio descontraído, proferiu-me estas palavras, e fiquei sem saber como agir. Limitei-me a olhá-la e a despi-la com os olhos enquanto ela falava. Além de ser notório que gostava desta minha safadeza, os seus olhos também não enganavam: ela engraçara comigo. Estava desbloqueada toda aquela tensão nervosa. Fiquei mais confiante para avançar suavemente naquele jogo de sedução. Estávamos em pé de igualdade. Sem dominador nem dominado.

Convidou-me a entrar na sua casa pois não gostava que os vizinhos a vissem ali a falar comigo. Logo aqui percebi que se tratava duma pessoa reservada e que mantém a sua privacidade intacta. Gosto disso. Agrada-me saber que não existem ali quaisquer tipo de show offs. 


- Aqui é a sala... Ali é a cozinha.. Aqui é o meu quarto e por último o quarto do Vasco. Pronto já conheces a minha casa. - Não vi quaisquer fotos dela com outra pessoa, o que me fazia acreditar em dois cenários. O primeiro o de uma mãe solteira há algum tempo e que vive com o filho. O segundo cenário o de um divórcio recente.


Ao irmos em direcção aos quartos, não contive o impulso de a agarrar. Virei-a contra a parede e comecei a beijá-la no pescoço. Subi-lhe ligeiramente a saia que trazida vestida e que a tornava estupidamente sedutora. Ela, surpresa com a minha reacção, deixou-se ir na emoção do momento e demonstrava desejar também aquele momento. Leves suspiros de prazeres saiam da sua boca. Ambas as respirações estavam ofegantes e os corpos prestes a aquecer. A tesão dos corpos aumentava e o desejo explodia. Não estava a acreditar que aquela mulher estava nos meus braços naquele momento, ansiosa por me sentir dentro de si. Desejosa que a explorasse. O cheiro do seu corpo tinha perfumado o meu. O odor a sexo já se sentia. Estava na hora de consumarmos o que ambos desejávamos.


O êxtase tomou conta de nós, a nossa libido era a anfitriã daquele jogo de sedução que há muito começara.

Deitei-a em cima da primeira mesa que encontrei e rapidamente despi-lhe da cintura para baixo. Ela limitou-se a ceder-me passagem para o saborear o seu fruto proibido. A minha língua sentia o sabor daquele momento húmido. Brindámos aos deuses aquele momento de tesão único. O meu ápice travava conhecimento com o seu pequeno clitóris. Delicadamente as minhas mãos exploravam o seu corpo e, duma forma sedosa, o meu dedo indicador e o do meio abriam caminho à exploração do prazer que estava prestes a explodir. Ela, fora de si, puxava-me os cabelos e gemia avidamente. Veio-se ali na minha boca. Os espasmos possuíram-na e sequiosamente serviu-me na boca o seu doce licor. Sorriu e passou-me a mão na cara. Os seus olhos agradeciam descontroladamente aquele momento. 

Acabara de se exorcizar para mim num ápice...









7 de janeiro de 2014

Heartbeat - Part II

O desejo da Sofia era imenso que me sentou na mesa do meu escritório, desapertando as calças, e muito rapidamente me abocanhou o membro. Ainda estava dorido dos momentos anteriores, naquele encontro imediato de 3º grau. Fiquei perplexo e petrificado, olhando apenas para a boca da Sofia e sentindo o prazer que me dava. Foda-se, ela era mesmo boa naquilo que fazia e isso deixava-me completamente em êxtase. Tinha um jeito tão único de lamber que tornava aquele momento numa arte ao alcance de poucas. 

Era misto de emoções e sensações. Era estupidamente bom.


Aquele momento estava a ser demasiado bom. Sentia-me no céu e a Sofia sabia disso. Decidiu então apimentar mais as coisas e provocar-me.

O meu pau, duro e húmido da sua saliva, estava por sua conta e risco. Por segundos, revivi momentos únicos novamente. Era magnética a nossa conexão. Impossível de separar. Sempre que estávamos juntos acabávamos por nos envolver, e não tínhamos qualquer pudor em fazê-lo em qualquer sítio. Do lado de fora do meu escritório apercebia-me que alguém se dirigia para a minha porta e romperia por ali dentro. Estávamos prestes a ser apanhados. Cada vez mais próxima da porta, um dos meus criativos bateu ,  questionando-me se podia entrar, ao que efusivamente respondi:

- N Ã Ã Ã O O O O O !!!

Do outro lado ouvi um riso e um simples:

- (riso) Desculpe!

Pedi à Sofia que parasse naquele momento. Muito espantada, e com algum aborrecimento à mistura, perguntou-me:

- Mas não estás a gostar?

- Não tem nada a ver com isso. Mas temos de parar com isto aqui dentro do meu escritório. Estou a dar um péssimo exemplo. Não quero alimentar esta imagem nas minhas pessoas. Tenho de as respeitar.

- Desculpa? Endoideceste?

- A sério, Sofia. Sinto-me desconfortável ao fazer isto. Dá-me pica, admito. Mas não é correcto não achas?

- Tu é que sabes. - e saiu furiosa do meu escritório.


Tive de parar como aquele momento porque acontecera algo que não esperava. Enquanto a Sofia me estava consolava com a sua boca, ao fechar os olhos, por instantes, a imagem que me surgiu na mente foi a da tal mulher a quem deixei o bilhete. Talvez por isso me sabido tão bem. Mas é horrível ter alguém connosco e imaginarmos outra pessoa no seu lugar. 

E antes que fizesse asneira, decidi parar com aquilo.




Mas tinha de resolver este tema urgentemente pois já alterava a minha rotina. A imagem de ter aquele mulherão a lamber-me de alto a baixo e a tocar-me, deixou-me completamente fora de mim. Criou-me ainda mais desejo sobre ela. A minha vontade começara a ficar incontrolável. Nunca antes me sentira assim. Dei por mim, em vários momentos do dia, a pensar nela e sem perceber o que me atraía nela. Era uma questão física apenas? Ou seria o facto de ser uma mulher mais madura? Estava bastante confuso e já nem estar com outras mulheres me apetecia. Deitava-me a pensar nela e acordava com ela no pensamento, dia e noite. Tornara-se numa obsessão quase compulsiva. Inclusive pensei em ir a um psiquiatra por achar este comportamento pouco normal.


Para aliviar a mente decidi ver uma série, que já tinha ouvido algumas críticas, e que me deixou curioso. Já instalado em casa, liguei a televisão e comecei a ver o Masters of Sex. Do que vi, acho que será uma série que me prenderá muito facilmente. O tema que aborda é interessante e ainda para mais numa época em que o sexo tabu. Veremos no que isto dá.

Mas ela não me sai da cabeça. Vou tentar falar com ela para pelo menos aliviar esta ânsia.


Decidi ir até à porta da sua casa para tentar vê-la. Esperei no carro e passado algum tempo, ela surgiu. Vinha com a mala no braço, num passo acelerado, como quem não quer dar nas vistas, num jeito apressado mas decidido. Como não queria que me vissem a falar com ela, entrei para dentro do prédio dela e esperei que entrasse. O meu coração, acelerado, bati com violência no meu peito. A ânsia é tramada e nestes momentos até na garganta se sente as palpitações. Parecia que era a primeira vez que falava com uma mulher. Que tonteira à minha. 


Já entrou e a primeira coisa que sinto é o seu perfume. Conheço este cheiro. É agora que me vai ver.... O que lhe digo?



5 de janeiro de 2014

Heartbeat - Part I

Aquele dia jamais me sairá da memória. 

Assim que saí de casa da Inês, ao entrar no carro, reparo numa mulher extremamente vistosa. Vestida de executiva, de cabelos louros e ondulados. Confesso que tirei os óculos da cara para a apreciar melhor. Desejei-a naquele momento. Apreciei-a como se de uma obra de arte se tratasse. Creio que a sua idade rondava os 40 anos mas o seu ar jovial fazia dela uma mulher tão esbelta, capaz de ofuscar a beleza de muitas miúdas mais novas. Aquela mulher deixou-me pregado ao chão pois parecia-me tão segura de si, tão confiante, que automaticamente fiquei curioso de a conhecer. O pequeno rapaz que lhe dava a mão deveria ser o seu filho.


Entrei no carro e segui viagem até ao meu trabalho. Pelo caminho fui pensando no que acabara de assistir e na vontade que tive de descobrir quem seria aquela mulher. Sei onde mora e isso já me ajuda. Tenho um amigo que tem acesso a montes de informação e isso pode ajudar-me através da morada a saber que ela é. A minha imaginação perdeu-se no corpo daquela mulher, no seu corpo, na sua beleza. Quando dei por mim, já estava em excesso de velocidade. 


Imaginei-me num momento intenso de prazer e sedução, onde o meu corpo se unia ao dela, onde saciávamos a carne e desfrutávamos do prazer. Comia-mo-nos loucamente sem ninguém saber. Na minha cama. Ela, louca de prazer, agarrava-se aos lençóis e gemia que nem louca. Eu, duro de prazer, apenas queria que ela sentisse o meu pau duro a entrar por ela a dentro. Aquelas imagens não me saíam da cabeça e, quando acordei daquele sonho, abrandei a velocidade do carro. Dei por mim com um inchaço descomunal no meio das pernas. Fora tão bom aquele momento. O meu corpo estava electrizado. 

Cheguei ao escritório e sentei-me a beber um Jamenson enquanto pensava nela. Fiquei atordoado com tais pensamentos e com a hipótese de não vê-la mais. Mas restava-me voltar à rua onde ela morava e esperar para segui-la. Seria a minha única chance para conseguir falar com ela mas sei que seria arriscado fazê-lo. Pensei durante a tarde toda nela, e em como chegar até ela. Fiquei a bater mal de tanto pensar naquela mulher. Estranha sensação esta que me invadiu. Como posso ter ficado assim? Tinha de agir mas não sabia o que fazer. Por um lado queria ignorar mas por outro algo me dizia que deveria ir à procura desta mulher.


O tempo passava e arrisquei. Escrevi-lhe um bilhete e voltei até à sua moradia para o deixar na caixa do correio. Era algo que ela não iria perceber e a intenção seria essa. Saberia automaticamente que ficaria a olhar para o papel e o deitaria fora. Mas a mensagem de tão estranha que era, certamente lhe ficava na memória. Assim o fiz. Escrevi a computador e imprimi. Quis escrever a caneta mas achei por bem não o fazer. Dobrei-o e pu-lo na caixa de correio sem que ninguém se apercebesse e fui-me embora ansiando voltar no dia a seguir de manhã para a ver.




De volta ao trabalho, ao entrar dentro do meu gabinete, deparo-me com a Sofia.


- Olá, então que te traz por cá? - Perguntei na minha inocência.

- TU! - Respondeu-me, fitando-me nos olhos de forma fogosa. Senti que me queria comer naquele momento. Mas ainda há umas horas atrás estive com ela, já estava ali outra vez?

- Eu? Então porquê? - Respondi-lhe sorrindo.

- Quero-te sentir outra vez.... - A sua expressão facial não enganava e percebi que não estava para brincadeiras. Mordiscou o lábio inferior como se tivesse com ganas. Senti desejo na sua expressão. Adoro quando ela me provoca desta maneira...