14 de fevereiro de 2014

The Night That Never Comes - Final


A Sónia tinha chegado a minha casa. Tinha acabado de sair do banho quando lhe abri a porta. Ainda estava com a toalha enrolada à cintura e com o cabelo molhado:

- Desculpa, estava no banho. Não estava à espera que aparecesses tão cedo. 

- Resolvi fazer-te uma surpresa. - fechou a porta, agarrou-me na cara e beijou-me loucamente, enconstando-me contra à porta. Subitamente, e porque estava apenas de toalha na cintura, senti u s calores pelo corpo e a tesão a invadir-me o pensamento. Ela não me deixou respirar e tirou-me a toalha naquele momento. Fiquei extremamente agradado com toda a sua vontade em me saborear.

Mal tive tempo para apreciá-la pois o seu desejo cegou-me. Reparei que trazia um casaco preto comprido e uns collants pretos. E o indespensável salto alto. 

Foi o que consegui apreciar enquanto ela estava de cócoras, entretida a entreter-me. Conseguia sentir o veludo da sua boca e dos seus lábios. O calor da sua boca fazia aumentar o meu desejo e consequentemente a minha tesão. Com ele bem duro, a Sónia massajava-o de tal forma que o prazer que sentia parecia não ter fim. E eu também desejava que não terminasse. A sua arte de tratar bem um homem era deveras divinal. 


Mesmo ali na porta, ouvindo os vizinhos do meu prédio a passar, ela deitou-me no chão e num ápice, molhando os seus lábios doces, pegou-me suavemente no membro e penetrou-se, enquanto revirava os olhos de prazer. Via o consolo nos seus olhos e o prazer na sua boca. Os dentes moridiscavam o lábio inferior da boca como se estivesse com ganas de prazer, de desejo, de vontade, de tesão. Em movimentos dancantes com a anca, movia-se numa tao suave e tao natural que limitei a apreciá-la. O meu pau estava duro e ela sentia-o. Sabia que aquele desejo todo era por ela e para ela. Enquanto me cravava as unhas no peito mostrando o quanto estava a gostar daquele momento, com a outra mão, e num acto de dominação, tapou-me a boca. Não me queria ouvir a gemer. Simplesmente aquele momento era o dela. Serviu-se de mim como se de um banquete tratasse. 

Arregalei os olhos pois nunca antes me fizeram aquilo mas rapidamente percebi que não deveria interromper o seu momento. Da boca dela apenas ouvia um gemido prolongado, estupidamente sensual e ofegante. Cada poro do seu corpo estava aberto. Cada poro suava e até essa imagem nela era indescritível. Presenciar esse momento era uma benção. 

Enquanto ela se consolava, no corredor do prédio ouvia risos dos meus vizinhos. Percebia que estavam perto da porta a tentar perceber o que se passava pois via por debaixo da ports os seus pés. O voyerismo das pessoas seduzia-me e dava-me ainda mais vontade de pô-la a gemer. O meu corpo ganhou vida e vontade própria e possui-a de tal forma animalesca que os gemidos tornaram-se intensos. Ela provocava em mim um misto de sentimentos e desejos únicos. Foder com aquela mulher tornava-se um ritual perigoso porque era deveras viciante o sexo com ela.

O meu corpo dava sinais de expulsar o prazer todo, e ela percebeu facilmente isso pelo contorcer e vibrar do corpo. A minha respiração ficou intensamente ofegante e num ápice vim-me. Sem me aperceber ela quis saborear cada pedaço de mim. 

Assim que acabámos, levantou-se e ajeitou-se ao espelho. Abriu a porta e foi-se embora sem abrir a boca. Espreitei-a pela janela e vi-a a entrar no carro. Fiquei estúpido a olhar para ela. 

Tinha tudo em cima da mesa para jantarmos. A noite que estava à espera que chegasse, terminou desta forma. Sozinho...

7 de fevereiro de 2014

The Night That Never Comes

Enquanto nos descobríamos mutuamente, e o nossos corpos mostravam o forte magnetismo que deles emanava, de repente alguém toca à campainha. Parámos naquele instante.

- Esperas alguém? - Perguntei-lhe preocupado pois estava em terreno desconhecido, e não queria confusão.

- Aaaah ... Não! - Confesso que esta resposta hesitante da sua parte deixou-me preocupado. Nisto insistem novamente. Ela franze a sobrancelha, e começa a vestir-se sem tirar os olhos da porta.


- Não vais ver quem é? - Já me estava a vestir e a preparar-me para sair. Mas não naquele momento porque estava alguém na rua que desconhecia.

- Sim, vou. - Ela parecia estar extremamente desconfiada e muito apreensiva com quem estava do outro lado da porta. Semicerrou os olhos como se tentasse ver para além da porta. Aquilo preocupou-me pois estava a ficar ansioso por não saber o que fazer.

Num passo vagaroso em direcção à porta, evitando fazer barulho para o exterior, conseguiu subtilmente perceber quem estava daquele lado. Do outro lado insistiam em tocar à campainha. Mal ela abre a porta:

- Tanto tempo para abrires a porta pah... - Era uma rapariga, com os seus 25 anos, loira e muito gira - Quem é este gajo mãe???

- Sou Pedro, tudo bem? - Estiquei-lhe a mão para a cumprimentar mas subitamente fui ignorado. Conti-me para não me exceder, porque a falta de civismo das pessoas deixa-me irado.

- Bé??!! Que falta de educação é essa? Foi isso que te ensinei? - Ela ficou passada com a atitude da filha para comigo. Não era para menos mas os seus olhos ficaram de tal forma arregalados que quase saltaram das suas órbitas.

- Falta de educação Sónia? Mas estás a gozar comigo mãe? Este gajo está aqui, todo despenteado, na minha casa e ainda mal se vestiu, e tu dizes-me que eu é que sou mal educada. Sinceramente... - a miúda passou-se e já me estava a por em "ponto de rebuçado". Afinal, ela era a Sónia...até ao momento não sabia o seu nome.

- Sónia, deixa estar eu saio. Depois falamos. - Vesti-me e saí em direcção ao carro. Ao fechar a porta, a Sónia deu-me o seu nº de telemóvel. Aquele momento deixara super desconfortável e algo embaraçada. Percebi que não contava com aquilo. Pedi-lhe para não se preocupar e despedi-me com um beijo sedoso, envolto de charme e sedução. Ela enterneceu naquele momento com o seu olhar.

A caminho de casa, lembrei-me que precisava de ir à empresa resolver uns assuntos. O trabalho estava a bom ritmo mas eu andava ausente do escritório. Quando lá cheguei, haviam vários processos pendentes e fiquei a saber que perdi um dos meus clientes mais antigos, a conta da McDonalds's. Este conta tinha sido ganha num concurso bastante disputado, e perceber que algo que nos deu tanto trabalho, se evaporou  num ápice, e ainda por cima não estive presente, poderia dalguma forma prejudicar o meu negócio. Naquele momento liguei para o Diretor de Marketing da McDonalds e pedi-lhe uma reunião pois queria que nos desse uma segunda oportunidade e estava disposto a tudo para não os perder. A muito custo, aceitou a minha proposta. 

Enquanto esperava para me reunir na McDonald's, percebi internamente o que se passara para isto ter ocorrido. Reuni todas as pessoas e pedi desculpa pela minha ausência mas não percebia como tínhamos perdido um cliente como o McDonald's. Porque é que ninguém se interessou pela empresa? Entre cabeças cabisbaixas, e olhares tímidos, pedi um esforço de todos para recuperarmos este cliente com todas as armas. E assim foi. Na reunião que tive com o Diretor Geral de Marketing deles, depois de algumas horas de conversação e de muita negociação, foi convencido pela nossa energia e entusiasmo. Tínhamos novamente recuperado aquele cliente que era a jóia da nossa coroa. No final da reunião, e num tom pouco ético, pediu-me um favor. Disse-me que estava longe da família e tinha saudades duma mulher. Eu fiquei a olhar para ele, com cara de quem não estava a perceber o que pretendia. Facilmente ele percebeu onde eu quis chegar e não insistiu muito na conversa. Mas não queria que ele interpretasse mal as minhas palavras, e muito menos queria perder novamente aquela conta. A promiscuidade à volta dos negócios é demasiada, e os interesses e troca de favores são uma constante neste meio. Perguntei-lhe se estava hospedado em Lisboa. 

- Estou no Holiday Inn e parto amanhã de manhã para Faro. Tenho de ir ter com umas delegações daquela região. Mas porquê? - Ficou intrigado com a minha pergunta e bastante curioso - Não me diga que me vai visitar? 

- Eu? Não! Apenas quis saber onde estava para perceber se estava bem instalado. Apenas isso. - Aquela presunção irritava-me. 

Depois de sair da reunião, fui novamente para o escritório e pus-me a pensar na Sónia. Só soube o seu nome porque a filha o disse. Tinha sido tamanha a loucura que cometemos,  que nem os nomes dissemos. Pensei que o meu desejo por ela aumentou ainda mais e que tinha de satisfazer esta tentação. Queria dar liberdade ao meu corpo para responder ao seu desejo. Ela era fogo e isso era facilmente perceptível no seu olhar:

-Olá. Como estás?

- Oláaa.. Bem e tu?

- Também estou bem. Com muita  vontade de estar contigo - Tive necessidade de lhe confessar que a desejava. Fora mais forte que eu.

- A sério? Eu também tenho vontade de estar contigo...muita! - Sussurrou suavemente como se estivesse ao meu lado. Era tão doce aquela voz. Tudo nela parecia fazer sentido.

Depois de algum tempo a falar com ela ao telemóvel. combinámos um jantar na minha casa para essa mesma noite. Ao chegar a casa preparei tudo com o maior do encantos possíveis para que se sentisse uma rainha. Era assim que queria que ela se sentisse. Era assim que a via. Uma rainha que sabe o que quer e para onde vai. Depois de tudo pronto e preparado, com o maior dos cuidados e pormenores, ela chegara deslumbrante. Estava elegantemente fatal. Cumprimentou-me com um beijo suave nos lábios. Com ela, o tempo parava. Sentia que o mundo andava em slow motion  quando estava comigo. Ela arrebatava-me o coração.

Assim que entrou na minha casa fiquei a apreciá-la de alto a baixo. Que deusa de mulher. 

Esta noite vai prometer e não vou perdoar...





The Night That Never Comes - part IV

Quando acordei apercebi-me que tinha as mãos amarradas com um lenço de cetim. Ao fundo da cama estava a Sónia, olhando-me com um ar tremendamente fatal. Deixei-me levar e tentei perceber até onde iríamos naquele jogo. 


Na sua mão direita, a Sónia tinha uma garrafa de vodka. Bebia largos golos e reparei que estava alcoolizada. Os seus olhos estavam vidrados assim como o olhar estava semicerrado. Assustei-me com aquilo pois não tinha esta imagem de si:

- Então giraço... Estás com medo de alguma coisa? Hã?! - Totalmente embriagada, a Sónia falou comigo como se fosse um outro homem qualquer. A língua enrolava enquanto falava e o corpo deambulava pelo quarto. 

- Sónia, podes tirar-me isto das mãos por favor? - pedi-lhe calmamente para me desatar as mãos. Procurei não entrar em stress. Detesto conviver com pessoas bêbedas. Mas a Sónia parecia-me refugiar-se no álcool. O que a terá levado a chegar a este ponto?

- Cala-te!!! Mas quem pensas que és para me dares ordens? Chega... - Ordens? Eu pedi-lhe calmamente por favor para me libertar. Há qualquer coisa nela que a faz pensar que estou a ordenar.

- Sónia, eu não te estou a ordenar. Estou a pedir-te um favor. - Mantive a calma para não discutir com ela pois percebi que iria piorar a situação.

Depois de conversar com ela calmamente, consegui com que me desapertasse o laço que prendia as minhas mãos. Sentou-se ao meu lado a chorar compulsivamente pedindo-me desculpas e que queria ir para casa. Antes de levá-la a casa, ainda falamos um bocado sobre o que se passara.

Confessou-me que se refugiava na bebida todas as semanas e que sofria deste problema desde que se separou há dois anos. Explicou-me que viveu momentos terríveis com o pai da sua filha. Sofreu violência gratuita devido a álcool que o ex marido consumia. Chegou a estar dois dias em coma no hospital depois de ele lhe ter espancado porque ela lhe escondera a bebida. Disse-me que foi o pior erro que fizera a seguir a ter casado com ele. Foi aí que percebeu que não estava a gostar de si o suficiente e que tinha de dar a volta ao problema que ela ajudou a criar.

Fiquei pasmado a ouvi-la sem saber o que dizer. Jamais me passaria pela cabeça que uma mulher como a Sónia tivesses sofrido tanto na vida. Abracei-a e dei-lhe um beijo apaixonado. Aquele desabafo tocara-me profundamente.

Levei-a à casa,  e antes de sair do carro trocámos os nºs de telefone. Pedira-me desculpas novamente e sentia-se envergonhada pelo que se acabar de passar. Pedi-lhe para ignorar isso e esquecer. 


- Sei que não me vais ligar mais... - num tom de voz triste, desabafou. - Não tens que aturar estes filmes duma lunática como ...

- Shiuu - pus-lhe o dedo na sua boca, interrompendo as baboseiras que saiam da sua boca - Sobe e vais descansar está bem? Amanhã falamos. Não digas tontices. - procurei acalmá-la. No fim de contas sentia uma vontade enorme de ajudá-la. Estava completamente perdida e sozinha no mundo.  Apenas o álcool a acompanhava no dia a dia. 

Esse, ela sabia que nunca lhe iria falhar. 

No dia seguinte, de manhã, bem cedo, recebi uma mensagem:

Espero que tenhas dormido bem.  Hoje dói-me a cabeça mas já é normal. Desculpas-me? Gosto de ti..

Confesso que apesar dela ter este problema, senti uma vontade enorme de ajudá-la a ultrapassa-lo. A minha admiração por ela era maior. Há muito tempo que nenhuma mulher me colocava neste estado de espírito. Com ela sentia-me bem, sentia-me realizado. Sentia-me apaixonado. 

Não dormi bem porque não estavas aqui comigo. Desculpa se te dói a cabeça mas passei a noite toda a tentar entrar nela :). Só te desculpo se almoçarmos hoje? Beijo grande - quis que ela percebesse que estava à vontade comigo. No fundo eu sentia que era ela quem eu queria.

TumblrEncontramos-nos no Vela Latina. O sol brilhava no seu esplendor e passamos momentos divertidos durante o almoço. Rimo-nos bastante, e dei por mim, várias vezes, a apreciar o seu olhar e sentia a felicidade dentro de si. Acabamos de almoçar, e como sempre, o Vela Latina surpreende-nos com o seu encanto e educação. Gosto de cá vir. Sinto-me em casa. 

Terminámos de comer e passeámos um pouco por Lisboa.  

Passámos uma tarde lindíssima onde confessamos as nossas loucuras e pecados. Onde desabafamos medos e receios. Onde expusemos as nossas fraquezas e virtudes. Estava bastante encantado com ela e percebia que era recíproco. Combinámos nos encontrar na minha casa mais logo à noite.