5 de janeiro de 2014

Heartbeat - Part I

Aquele dia jamais me sairá da memória. 

Assim que saí de casa da Inês, ao entrar no carro, reparo numa mulher extremamente vistosa. Vestida de executiva, de cabelos louros e ondulados. Confesso que tirei os óculos da cara para a apreciar melhor. Desejei-a naquele momento. Apreciei-a como se de uma obra de arte se tratasse. Creio que a sua idade rondava os 40 anos mas o seu ar jovial fazia dela uma mulher tão esbelta, capaz de ofuscar a beleza de muitas miúdas mais novas. Aquela mulher deixou-me pregado ao chão pois parecia-me tão segura de si, tão confiante, que automaticamente fiquei curioso de a conhecer. O pequeno rapaz que lhe dava a mão deveria ser o seu filho.


Entrei no carro e segui viagem até ao meu trabalho. Pelo caminho fui pensando no que acabara de assistir e na vontade que tive de descobrir quem seria aquela mulher. Sei onde mora e isso já me ajuda. Tenho um amigo que tem acesso a montes de informação e isso pode ajudar-me através da morada a saber que ela é. A minha imaginação perdeu-se no corpo daquela mulher, no seu corpo, na sua beleza. Quando dei por mim, já estava em excesso de velocidade. 


Imaginei-me num momento intenso de prazer e sedução, onde o meu corpo se unia ao dela, onde saciávamos a carne e desfrutávamos do prazer. Comia-mo-nos loucamente sem ninguém saber. Na minha cama. Ela, louca de prazer, agarrava-se aos lençóis e gemia que nem louca. Eu, duro de prazer, apenas queria que ela sentisse o meu pau duro a entrar por ela a dentro. Aquelas imagens não me saíam da cabeça e, quando acordei daquele sonho, abrandei a velocidade do carro. Dei por mim com um inchaço descomunal no meio das pernas. Fora tão bom aquele momento. O meu corpo estava electrizado. 

Cheguei ao escritório e sentei-me a beber um Jamenson enquanto pensava nela. Fiquei atordoado com tais pensamentos e com a hipótese de não vê-la mais. Mas restava-me voltar à rua onde ela morava e esperar para segui-la. Seria a minha única chance para conseguir falar com ela mas sei que seria arriscado fazê-lo. Pensei durante a tarde toda nela, e em como chegar até ela. Fiquei a bater mal de tanto pensar naquela mulher. Estranha sensação esta que me invadiu. Como posso ter ficado assim? Tinha de agir mas não sabia o que fazer. Por um lado queria ignorar mas por outro algo me dizia que deveria ir à procura desta mulher.


O tempo passava e arrisquei. Escrevi-lhe um bilhete e voltei até à sua moradia para o deixar na caixa do correio. Era algo que ela não iria perceber e a intenção seria essa. Saberia automaticamente que ficaria a olhar para o papel e o deitaria fora. Mas a mensagem de tão estranha que era, certamente lhe ficava na memória. Assim o fiz. Escrevi a computador e imprimi. Quis escrever a caneta mas achei por bem não o fazer. Dobrei-o e pu-lo na caixa de correio sem que ninguém se apercebesse e fui-me embora ansiando voltar no dia a seguir de manhã para a ver.




De volta ao trabalho, ao entrar dentro do meu gabinete, deparo-me com a Sofia.


- Olá, então que te traz por cá? - Perguntei na minha inocência.

- TU! - Respondeu-me, fitando-me nos olhos de forma fogosa. Senti que me queria comer naquele momento. Mas ainda há umas horas atrás estive com ela, já estava ali outra vez?

- Eu? Então porquê? - Respondi-lhe sorrindo.

- Quero-te sentir outra vez.... - A sua expressão facial não enganava e percebi que não estava para brincadeiras. Mordiscou o lábio inferior como se tivesse com ganas. Senti desejo na sua expressão. Adoro quando ela me provoca desta maneira... 



6 comentários:

  1. Estou morta por saber mais da tal loura! ;)

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    1. Me ha gustado mucho.

      Describes al detalle, todo muy sensual.

      Un beso

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    2. Obrigado Misterio. Postei agora o 2º texto :)
      Espero que gostes.
      Bisou

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  2. Descreves tudo ao detalhe, gostei bastante :)

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    1. Olá Blackbird. Obrigado pela tua visita. Gosto do teu blog e é um prazer ver-te por cá. Ainda bem que gostaste do que leste. Espero que continues a acompanhar e que me vás dando os teus comentários ;) .
      Bisou

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